Uma das missões do Museu do Holocausto de Curitiba é assegurar que experiências individuais de vítimas sejam recordadas, preservadas e transmitidas às futuras gerações. Por isso, o Museu faz um apelo aos familiares de sobreviventes que reconstruíram suas vidas no Brasil: não deixem que as histórias de seus pais, avós e bisavós repousem no fundo de uma gaveta.

É com esta premissa que o Museu inicia, a partir deste mês, a 2ª etapa do projeto de recuperação de histórias pessoais. A meta é resgatar histórias de vítimas através do contato individual com cada família, por meio de fotos, documentos e depoimentos gravados. A 1ª fase do projeto, ainda não finalizada, enfoca os sobreviventes que chegaram ao Paraná.

Para facilitar a catalogação, o Museu criou um “Formulário de Registro de Sobreviventes” para ser distribuído e preenchido por cada família. A ficha foi baseada no trabalho realizado há 20 anos pelo Museu do Holocausto de Washington, instituição que firmou parceria educativa com o museu curitibano em maio deste ano.

De acordo com o coordenador-geral da instituição, Carlos Reiss, o projeto está ligado à filosofia educativa do Museu, que se assemelha ao Yad Vashem, em Jerusalém. “Trabalhamos com a perspectiva de que a Shoá não é uma história de milhões de pessoas, e sim milhões de histórias individuais, cada uma delas com um nome e um sobrenome. Resgatamos histórias de pessoas, de carne osso, para que possamos conta-las às próximas gerações”, enfatizou.

O Museu homenageia como sobreviventes e vítimas qualquer pessoa, judeu ou não judeu, que foi refugiado, perseguido ou discriminado devido à política racial, religiosa, étnica ou social dos nazistas e seus colaboradores entre os anos de 1933 e 1945. “Buscamos contribuir na formação ética dos jovens para que barbáries como o extermínio humano em massa jamais voltem a acontecer com qualquer povo, nação ou etnia”, destacou Carlos.

Para ajudar, basta entrar em contato através do e-mail [email protected] , pelas redes sociais do Museu (Facebook ou Twitter) ou pelo telefone (41) 3093-7461. O Museu enviará, pelo Correio, as fichas para preenchimento e os termos de possíveis doações ou cessões de fotos e documentos.

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