A comunidade judaica paulista relembrou a morte de seis milhões de judeus durante o Holocausto com dois eventos: a Marcha da Vida Regional, que aconteceu no domingo, 01º de maio, com a presença de cerca de 500 pessoas e com o Ato das Escolas Judaicas, que contou com a participação de 250 alunos de cinco escolas judaicas em um Ato no Cemitério Israelita, no dia 02 de maio.

Vestidos de branco, os participantes da 10ª Marcha da Vida Regional, Contra a Intolerância e a Discriminação, promovida pela Federação Israelita do Estado de São Paulo e Sociedade Cemitério Israelita de São Paulo, fizeram uma caminhada silenciosa, de cerca de 2 km, até o Cemitério Israelita do Butantã, onde aconteceu um ato solene em memória aos seis milhões de judeus exterminados durante o Holocausto.

Inspirado na “Marcha da Vida Mundial”, que acontece anualmente na Polônia, neste mesmo período, e reúne participantes do mundo todo para fazerem o mesmo percurso realizado pelos judeus em direção às câmaras de extermínio entre os campos de concentração de Auschwitz e Birkenau, a Marcha da Vida Regional contou com a participação de líderes comunitários e religiosos, membros dos movimentos juvenis, alunos e professores de escolas judaicas e sobreviventes do Holocausto.

O sobrevivente do Holocausto e presidente da Sherit Hapleitá do Brasil (Associação Brasileira dos Sobreviventes do Nazismo), Ben Abraham, foi aplaudido ao relatar as atrocidades que sofreu nos campos de concentração e ao frisar a importância de que o Holocausto não seja esquecido. “Jovens, cabe a vocês transmitir este legado para seus filhos, netos e para a sociedade, para que nossa memória judaica jamais seja esquecida. Durante anos fomos perseguidos, mas hoje estamos aqui e temos nosso lar, a nossa terra, a nossa pátria milenar que é o Estado de Israel”.

No dia seguinte à Marcha Regional, cerca de 200 alunos de cinco escolas judaicas da capital paulista realizaram um Ato Solene no Cemitério Israelita, para marcar o Iom Hashoá – Dia do Holocausto e o Heroísmo.

O evento, queteve como tema central Hanna Senesh, contou com o acendimento de velas e pronunciamentos de participantes da Marcha da Vida Mundial, do Professor Gilberto Ventura e de Ben Abraham.

O Ato no Cemitério Israelita foi promovido pelas escolas Beit Yaacov, Bialik, Iavne, Peretz e Renascença, pela Sociedade Cemitério Israelita,com apoio da Sherit Hapleitá do Brasil e coordenação da Federação Israelita do Estado de São Paulo.

“Todos os que tombaram nos campos de concentração merecem estas homenagens. Tivemos a recordação do Holocausto, com estes dois eventos, e daqui há alguns dias vamos comemorar o Iom Haatzmaut, a Independência do Estado de Israel, declarou Boris Ber, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo.