No Brasil, a discussão é a segurança na hora de usar o computador. Nenhum computador está livre dos ataques virtuais. Para isso, basta o computador estar ligado. Uma dica bem prática é dada por um consultor de segurança: se você costuma fazer compras ou pagar contas pela internet, compre um computador bem simples e barato só para acessar a internet e fazer essas compras e pagamentos. Não use esse computador para ler e-mails, baixar conteúdo nem para acessar redes sociais ou instalar programas. Essas são as principais fontes de vírus, de programas maliciosos que roubam senhas e dados pessoais.

Piratas da internet viram notícia quando atacam sites de governos. Mas é uma exceção. A regra pra esses criminosos é invadir computadores pessoais atrás de informações de usuários comuns. O Brasil é o país onde mais são registrados crimes de segurança na internet. Ao todo, 80% dos incidentes acontecem no país. Só entre janeiro e março, mais de 90,7 mil ataques foram registrados no país.

“Cada vez mais as pessoas tem acesso gratuito à internet, de terem computadores a preços acessíveis e isso é muito positivo. Porém, o governo tem de investir cada vez mais em uma política de segurança da informação, ou seja, ensinar esses usuários questões básicas pra não sofrerem com esses tipos de ilícitos”, lembra o advogado especialista em direito eletrônico, Rony Vainzof.

Há estatísticas que dizem que, ao ligar o computador, o usuário já é vítima de, pelo menos, uma tentativa de invasão. E o risco é maior em ambientes públicos. A ação dos hackers que clonam senhas e acessam dados é crime previsto em lei. Mas alguns juízes já entendem que as vítimas têm responsabilidade quando não tomam os cuidados necessários para se proteger.

Um computador só é seguro se tem antivírus atualizado. Existem alguns gratuitos disponíveis na internet. Mas a fonte tem de ser confiável. Os programas precisam ser originais. A senha é como a chave de casa: pessoal, intransferível e com, no mínino, oito caracteres. Melhor se misturar números, letras maiúsculas e minúsculas e símbolos.

Senhas usadas para acessar emails ou sites de bancos jamais devem ser usadas em lugares públicos como lan houses, hotéis e cafés.

Cuidado com as lojas virtuais. É preciso checar a procedência. O “cadeado” no topo da página é garantia de ambiente seguro. Nas redes sociais, configure as opções de privacidade para segurança máxima. E só aceite como amigos pessoas que você realmente sabe quem são.

“Se não tiver uma proteção em nossos computadores, pode perder o direito à indenização por nossa responsabilidade exclusiva”, explica o especialista.

Entre janeiro e março de 2011, os piratas da internet haviam conseguido fazer 39 invasões a computadores ou redes no Brasil. Com os ataques da última semana esse número com certeza aumentou bastante.