A israelense Ada Yonath, vencedora do Prêmio Nobel de Química e cientista do Instituto Weizmann de Israel, esteve no Colégio Renascença, no último dia 19 de agosto, para um bate papo com alunos do Ensino Médio e dos 9ºs anos do Fundamental II, que aconteceu na Sinagoga do Colégio.

A ganhadora do Prêmio Nobel, em visita ao Brasil para a comemoração do Ano Internacional da Química, contou aos alunos do Renascença todas as dificuldades que enfrentou durante sua infância. Seu pai morreu cedo e ela pertencia a uma família com poucos recursos. “Eu era pobre, mas amava a cultura e os livros. Desde muito pequena eu estudava e trabalhava para ajudar minha mãe e aprendi que quando uma pessoa tem vontade, ela pode fazer muitas coisas ao mesmo tempo”, destacou.
Ada falou sobre o trabalho que lhe rendeu o Prêmio Nobel e explicou como funcionam os ribossomos, máquinas produtoras de proteínas dentro das células e de fundamental importância no controle metabólico. Hoje, fala-se muito do aumento da resistência das bactérias aos antibióticos existentes e é nesse aspecto que o trabalho dela torna-se de fundamental importância.

Ela enfatizou que é possível conciliar a vida de cientista com a vida em família e agradeceu ao Instituto Weizmann por todo o apoio durante sua extensa trajetória no mundo das ciências. “O melhor prêmio que ganhei não foi o Nobel, mas sim o prêmio de melhor avó do ano, concedido pela minha neta”, finalizou a cientista.

Ada Yonath nasceu em 1939 em Jerusalém e fez doutorado em cristalografia de raios X em 1968 no Instituto Weizmann de Ciências, onde ainda trabalha. Em 2009 ela foi agraciada com o Prêmio Nobel de Química, juntamente com os norte-americanos Venkatraman Ramakrishnan e Thomas Steitz, com estudos sobre o funcionamento dos ribossomos.