Steve Linde

The Jerusalem Post

Alan Dershowitz está chateado com a política da Administração Obama, mas ainda acredita que o Governo Netanyahu deve fazer uma oferta generosa para trazer os palestinos de volta à mesa de negociações.
Ele é inteligente, afiado e experiente, e quando se trata de apresentar o caso de Israel para o mundo, é difícil encontrar um advogado mais eloqüente e apaixonado do que Alan Dershowitz.
O famoso professor de Direito de Harvard esteve em Israel com sua esposa Carolyn, esta semana para receber o Prêmio Begin no Menachem Begin Heritage Center em Jerusalém “por seus permanentes esforços em defender Israel”; dirigiu uma conferência do jornal Globes no Hotel David Intercontinental em Tel Aviv no final de semana; lançou um novo programa de “Acadêmicos pela Paz no Oriente Médio” [1] e para – como ele diz – “se encontrar com velhos amigos”, incluindo o Presidente Shimon Peres e o Primeiro Ministro Binyamin Netanyahu.
“Renova meu espírito e me permite continuar a trabalhar em chutz la’aretz[2] quando eu estou aqui por um tempo”, disse ele, sorrindo.
“Ele carrega as minhas baterias.”
Em uma entrevista no domingo em um salão no Hotel David Citadel, onde estava hospedado, Dershowitz, um homem de 73 anos de idade, facilmente “mudava as marchas” para responder às perguntas sobre uma gama de assuntos, desde a Primavera Árabe, as ambições nucleares do Irã e o processo de paz no Oriente Médio, e a controversa legislação que está sendo debatida atualmente na Knesset[3], bem como o Congresso do jornal The Jerusalem Post que acontecerá em Nova York em 29 de abril, na qual ele está programado para falar.
Ele argumentou que os EUA deveriam tomar uma posição inequívoca contra o fato do Irã desenvolver armas nucleares, frisando repetidamente à opção militar se necessário. Dershowitz advertiu que se o Presidente Barack Obama permite que o Irã se torne uma potência nuclear, ele poderia ser lembrado como o Neville Chamberlain[4].
do século 21.
Expressou decepção com a estratégia de Obama para o Oriente Médio, e raiva em relação aos comentários recentes de Leon Panetta[5] que culpou Israel pelo impasse nas negociações com os palestinos.
Fez um apelo ao Presidente a consertar seus caminhos errados e fazer uma viagem para Jerusalém e Ramallah. E sugeriu que Israel convoque os palestinos a abandonar seu blefe, fazendo todo o possível para tê-los de volta à mesa de negociação e determinar se existe um verdadeiro parceiro para a paz.
Sobre os projetos de lei no Knesset, que alguns têm chamado de anti-democráticos, ele disse que aqueles que afirmam que Israel está se afastando da democracia estão simplesmente errados.
Dershowitz observou que antes de vir para Israel, ele tinha parado em Haia para se reunir com o Promotor-Chefe do Tribunal Penal Internacional.
“Estou constantemente tentando me encontrar com ele e convencê-lo de que seria errado abrir um caso contra Israel”, disse ele.
Você teve algum sucesso em Haia?
É sempre um processo em andamento. Sinto-me confortável com as conversas que tive lá.
Qual é a sua leitura das mudanças dramáticas no mundo árabe, especialmente no Egito?
Penso que o Talmud diz que a profecia acabou com a destruição do Segundo Templo, então eu não vou tentar ser um profeta. É completamente incerto. Qualquer um que afirma saber qual será o futuro da Primavera Árabe, ou o frio inverno árabe, está enganando você. Não há nenhuma maneira de possivelmente saber. Tudo o que sabemos é que os vencedores das eleições primárias egípcias não são apenas anti-Israel, mas sua plataforma inteira é veementemente antissemita, anti-judaica, e não pode ser bom para a paz mundial, não pode ser bom para as perspectivas de paz e para as relações, e acho que os Estados Unidos fazem uma decisão terrível quando confundem uma espécie de democracia superficial com a democracia real.
A votação pode muito bem ter sido justa, mas o voto em 1932 na Alemanha também foi justo, [e] ela trouxe alguém ao poder que a todos negou os seus direitos – e isso não pode acontecer rapidamente no Egito, mas não estou otimista de que os direitos dos cristãos serão preservados no Egito, que a relação entre Israel e Egito vai continuar de uma forma positiva. Acho que temos que ser muito, muito cautelosos.
Isso não significa que eu necessariamente concorde que este não é um tempo para ir à mesa de negociações com os palestinos. É sempre um bom momento, e, claro, o Primeiro Ministro disse: “Estamos dispostos a negociar. Apenas venham para a mesa.”

Fiquei chocado quando o meu Secretário de Defesa, Leon Panetta, tolamente disse: “Bem, apenas sentem e negociem.” Ele disse isso para os israelenses, como se os israelenses não quisessem negociar. Por que não dizer isso para os palestinos? A razão pela qual os palestinos não estão negociando hoje é em grande parte culpa dos Estados Unidos. O Presidente Obama foi à frente dos palestinos e realmente foi o único que insistiu para que os israelenses aceitem [pré] condições, congelar [assentamentos], antes que os palestinos venham à mesa de negociações. Desejo que o Presidente Obama encoraje ambos os lados para negociar sem condições prévias.
Então você gostaria de recomendar que o Presidente Obama mude sua estratégia quando se trata do processo de paz no Oriente Médio?
O Presidente Obama, em quem eu votei, cometeu erros graves. Primeiro de tudo, ir ao Cairo sem ir a Israel foi um erro terrível. Ele pode remediar isso. Ele pode vir a Israel agora e falar diretamente ao povo israelense. Ele também deve ir a Ramallah e falar diretamente com a liderança palestina e dizer: “Venham à mesa de negociações. Sem pré-condições!”

Então ele tem que alterar o que ele disse sobre as fronteiras de 67, e dizer, olha, ao falar das fronteiras de 67, eu não quis dizer que as negociações se iniciem com os palestinos tendo o controle do Kotel [Muro das Lamentações], tendo o controle do acesso as rotas para a Universidade[6] e tendo o controle da Cidade Velha e de outras áreas estratégicas e importantes. É óbvio que ninguém está dando essas áreas de volta. “De volta” não é nem mesmo a palavra certa, porque eles nunca deveriam ter estado nas mãos da Jordânia, em primeiro lugar.
Então houve um monte de erros. Por outro lado, não acho que Barack Obama é um inimigo de Israel. Ele fez algumas coisas boas em termos de segurança. É uma situação mista. O grande temor entre muitos americanos que apóiam Israel, judeus e cristãos, é que um segundo mandato de Obama poderia ser mais perigoso para Israel do que foi o primeiro mandato de Obama. Então todo mundo está considerando suas opções.
E quando se trata do programa nuclear do Irã? O Secretário de Defesa pediu a Israel para não ir sozinho contra o Irã, e que tudo deve ser coordenado com os EUA. Quais são os seus sentimentos sobre isso?
Acho que os Estados Unidos devem anunciar inequivocamente que o Irã não terá permissão para desenvolver armas nucleares, que se eles estão na iminência de desenvolver armas nucleares e se as sanções falharem, a opção militar terá que ser usada – com relutância – e se isso apenas nos leva dois anos para trás, ela será usada novamente e novamente e novamente. Tem que ser uma parte importante da política externa americana que o Irã nunca, nunca será autorizado a desenvolver armas nucleares. Se o Irã desenvolve armas nucleares no período do Presidente Obama, ele será considerado pela história como a Neville Chamberlain do século 21. [O ex- Primeiro Ministro britânico] Neville Chamberlain fez também a reforma da saúde e foi um Primeiro Ministro muito, muito bom – o único que ele não conseguiu perceber foi o maior mal do século 20, e se o Presidente Obama permite que o Irã desenvolva armas nucleares, ele vai ser um desastre.
Felizmente Gates [ex-secretário de defesa dos EUA Robert Gates], que foi provavelmente o pior Secretário moderno de Defesa [e que] colocou a opção militar fora da mesa, está desaparecido. Espero que Panetta seja um avanço. Mas o Governo dos Estados Unidos está falando com muitas vozes. Obama parece estar dizendo que não haverá desenvolvimento de armas nucleares no Irã. Por outro lado, outros na Administração parecem estar sugerindo que os Estados Unidos terão de aprender a viver com um Irã nuclear. Isso seria um desastre. Você não pode viver com um Irã nuclear.
Se nós podemos mudar para a situação em Israel – como você sabe, existe certa legislação controversa apresentada ao Knesset, incluindo um projeto de lei para limitar o financiamento estrangeiro de ONGs. Você tem alguns sentimentos fortes sobre isso?
Tenho fortes sentimentos que provavelmente ninguém vai gostar. Acho que todos os lados fizeram hipérbole[7] e exagero sobre estas questões. Vou propor o que eu acho que é uma abordagem razoável. Geralmente favoreço sempre o lado da liberdade de expressão. Sempre acredito em “mais fala” em vez de “menos fala”, e no mercado de idéias, e em Israel sempre vai ter liberdade de expressão. Israel nunca vai ser nada menos que uma democracia, e aqueles que afirmam que Israel está se afastando da democracia estão simplesmente errados. Eles estão simplesmente errados.
E sobre os comentários recentes da Presidente do Supremo Tribunal Dorit Beinisch, que lançou um ataque sem precedentes contra os políticos, dizendo que alguns membros do Knesset e até mesmo um Ministro do Gabinete estavam incitando a deslegitimar o Tribunal?
Não descreveria como um ataque o que a Presidente Beinisch disse. O descreveria como uma defesa adequada da independência do Poder Judiciário. Ela é afinal, a Chefe do Poder Judiciário. Há três ramos do governo em todas as democracias: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Ela é a Chefe do Poder Judiciário. “Se não ela, quem? Se não for agora, quando?” [8]
Ela tem a obrigação de defender a independência do Poder Judiciário, e penso que ela fez um trabalho de muita credibilidade na defesa da independência do Poder Judiciário. A pior coisa que poderia acontecer é transformar o Poder Judiciário em outro ramo político, como é em tantos países no mundo de hoje. A independência do Poder Judiciário é essencial para os governos democráticos.
Você atuou em casos muito fortes por Israel, pela paz e pela democracia. Você acha que se Israel continua a ser a única democracia florescente no Oriente Médio, poderia melhorar sua posição na arena internacional?

 

O que quer que Israel faça se volta contra ele, especialmente na Europa, particularmente no norte da Europa. Israel não pode fazer nada direito nas mentes dos escandinavos, nas mentes dos noruegueses, nas mentes de muitos dos membros das Nações Unidas. Deixe-me dar um exemplo extremo. O editorial principal do The New York Times último explicou por que Israel tem direitos de gays, e a tese deles, o mais estúpido artigo que já li no The New York Times, foi [que] a única razão que Israel tem para respeitar tanto os direitos dos homossexuais é para cobrir o fato de que trata terrivelmente sua população árabe e palestina.
Então o que Israel faz de forma positiva vai se voltar contra ele por esses idiotas… E pela esquerda dura. Israel não pode nunca fazer nada para agradar a esquerda. Não vai funcionar. Deve fazer o que faz porque é a coisa certa a fazer, porque é bom para Israel, porque é bom para a paz, porque é bom para o importante relacionamento Israel-Estados Unidos, mas Israel nunca deve tentar satisfazer a ONU, nunca deve tentar satisfazer as ONGs da esquerda dura, nunca deve tentar satisfazer o Norte da Europa. Isso nunca vai fazer nenhum efeito.
Você ainda acha que [o ponto][9] é como [Israel][10] se apresenta, e que Israel está apresentando seu caso de forma totalmente errado?
Não, não acredito nisso. Olha, podemos sempre melhorar como um caso é apresentado. Eu ensino aos meus alunos na defesa legal que nunca há um argumento perfeito. Você sempre pode melhorar o seu argumento. Mas como você responde quando você tem uma campanha publicitária maravilhosa por parte de Israel para trazer gays ao país e torná-lo um destino turístico gay, e depois isso se volta contra Israel? Ou outras campanhas que têm sido utilizadas. Olha, Israel também comete erros. A recente campanha tentando sugerir que os judeus norte-americanos não são autênticos, e que todos nós vamos ser assimilados e que a única resposta para o problema da sobrevivência judaica é a aliá[11], essa não foi a campanha mais inteligente. Isso alienou um monte de judeus americanos.
Assim, a embalagem tem algum efeito, mas a realidade é que Israel é o judeu entre as nações. Assim como a embalagem não poderia ter melhorado a situação dos judeus na Alemanha na década de 1930, ou o estatuto dos judeus na Rússia no final do século 19 e início do século 20, há um limite para o que embalagens podem fazer.
Então, qual seria o seu melhor conselho para Netanyahu e o atual governo israelense?
Tenho que lhe dizer que numa área concordo com Leon Panetta, só nesta área. Eu acho que Israel deve fazer tudo que for necessário para trazer os palestinos para a mesa de negociação, e fazer uma oferta generosa, do tipo que já fez, e deixar o mundo ver que os palestinos são os que rejeitam a oferta. Acho que o mundo tem que ver que Israel está preparado para fazer um compromisso, que Israel está preparado para aceitar a solução de dois Estados, Israel está preparado para fazer concessões territoriais terrivelmente dolorosas sobre áreas que são patrimônio do povo judeu. Não estou dizendo nada de novo aqui. É a posição do Governo de Israel que é possível, sem não se preocupar com sua política doméstica, para trazer os palestinos para a mesa de negociação. Deixe-os dizer que não. Deixe-os ser os únicos a rejeitar um acordo. Deixe-os dizer que sim, que seria ainda melhor.
A tragédia é que esteve duas vezes tão perto. Chegou perto em 2001, pouco antes do [ex-Presidente dos EUA] [Bill] Clinton e do [ex-Primeiro Ministro] Ehud Barak deixar o cargo; e ficou muito perto pouco antes do Ehud [ex-Primeiro Ministro] Olmert deixar o cargo. Nós não estamos perto hoje, pelo menos substantivamente, eu acho que as distâncias não são tão grandes, mas deve haver negociações sem condições prévias, de ambos os lados.
Olha, o Primeiro Ministro Netanyahu disse que não podemos fazer a paz, a menos que os palestinos reconheçam Israel como Estado-nação do povo judeu. Eu concordo com isso, mas ele nunca colocou isso como uma condição prévia. Isso faz parte da negociação. Então, por que os assentamentos devem ser uma pré-condição? O que deve acontecer é que deve haver negociações imediatas para amplas fronteiras em geral, e assim as atividades dos assentamentos podem continuar nas áreas que vão continuar a fazer parte de Israel e devem parar em áreas que não continuarão a fazer parte de Israel.
Assim, a carroça não deve ser colocada na frente dos bois. A construção deve ocorrer uma vez que há uma decisão, um acordo, sobre o que as fronteiras definitivas deverão ser, e isso pode ser feito num período relativamente curto de tempo.
O que você diria para aqueles que argumentam que os palestinos tomaram a rota unilateral de reconhecimento internacional, que a AP está mais interessada em fazer a paz com o Hamas do que com Israel, e que não há parceiro palestino para a paz no momento?


É muito possível que não há parceiro para a paz no momento. É muito possível que a liderança palestina decidiu que os seus interesses têm sido atendidos ao ir para a rota unilateral, ou a rota da ONU. Mas deixe o mundo ver isso. Deixe Israel mostrar que está preparado para negociar uma solução de dois Estados, e deixe os palestinos dizer que não. Olha, acho que a jogada deles na ONU falhou, e acho que ali, o grande trabalho feito pelos israelenses e pelo governo dos Estados Unidos que puxou o tapete dos esforços palestinos na ONU. Isso não significa que eles não vão conseguir algum reconhecimento da Assembléia Geral, mas que não valeu a pena o papel em que está escrito, e a questão é, vamos deixar o mundo ver quem é que diz “não” e quem é que diz “sim”. Israel quer paz e quer uma solução de dois Estados. Deixe que isso se torne viável para os palestinos sentar, e depois vamos ver se há um parceiro para a paz. Só vamos saber isso uma vez que as negociações se iniciem.
Uma pergunta final. Você está ansioso para falar na Conferência do Jerusalem Post, em Nova York em abril?
A Conferência do Jerusalem Post que está planejada para os EUA soa fantástica. Estou realmente ansioso, se minha agenda permitir, para participar. As pessoas que concordaram em falar estão entre os grandes líderes e grandes vozes. Acho que a conferência deve ser sensacional.
É importante para mim que você me permita acrescentar uma palavra de agradecimento por menções específicas em mais de uma referência de passagem.
Gostaria de agradecer a Globes por ter me convidado e me dado voz na sua prestigiosa plataforma. Realmente gostaria de acrescentar uma palavra especial de agradecimento ao meu amigo e ex-aluno Danny Grossman, que organizou todos os detalhes desta e de todas as minhas viagens de forma incansável e eficiente. Se Danny fosse encarregado da Guerra dos Seis Dias, teria levado três dias.
Ele tem, por anos, ajudado a traçar estratégias e realizar esforços de diplomacia pública defendendo “o caso de Israel”.
Estou muito satisfeito que, enquanto eu estava aqui, fui capaz de ajudar a lançar um novo esforço para os “Acadêmicos pela Paz no Oriente Médio”, que vai ajudar a organizar os professores e envolvê-los em um discurso justo e honesto nos campi universitários no mundo todo.
Estudantes vêm e vão, mas é o corpo docente que inspira e dá um tom que vai afetar a forma como os futuros Presidentes e Primeiros Ministros, empresários e pessoas em todas as esferas da vida pensam sobre a nossa região.

 

Tradução livre do inglês ao português: Alberto Milkewitz

 



[1] “Acadêmicos pela Paz no Oriente Médio” é um grupo de base formado por estudiosos que se uniram para promover um discurso civil baseado honestamente em fatos, especialmente em relação às questões do Oriente Médio. Acreditam que os ódios étnicos, nacionais e religiosos, incluindo o anti-semitismo e o anti-Israelismo, não deveriam ter lugar nas instituições, disciplinas e comunidades. A Associação  emprega instrumentos acadêmicos para abordar estas questões. Participam da Associação especialistas de todas as disciplinas, credos e nacionalidades que partilham do desejo de paz e do compromisso com a liberdade acadêmica, a integridade intelectual e o debate honesto. NT

[2] Chutz La´aretz : No exterior, fora de Israel. NT

[3] Knesset: Parlamento israelense. NT

[4] Arthur Neville Chamberlain 1869-1940 foi primeiro ministro do Reino Unido de 1937 a 1940, período que antecedeu e marcou o início da Segunda Guerra Mundial. Defendia uma política de convivência pacífica com Hitler, chamada de apaziguamento. Participou da conferência de Munique onde atendeu a maioria das exigências nazistas, como a divisão de Checoslováquia e a anexação da Boêmia ao Terceiro Reich. Acreditava que fazendo concessões a Hitler seria possível evitar uma guerra entre a Alemanha e o Reino Unido. Em Londres, logo após chegar da Alemanha, declarou sobre o recém-assinado Acordo de Munique: “Acredito que ele é a paz em nosso tempo“. Menos de um ano após a assinatura do acordo, Alemanha invadiu a Polônia, não restando à Chamberlain alternativa senão declarar guerra ao Reich. NT

 

[5] Leon Panetta, Secretário de Defesa dos Estados Unidos.

[6] Em referência às ruas que conduzem à Universidade Hebraica de Jerusalém, que na época da independência estavam em poder dos jordanianos, que ameaçavam permanentemente a vida dos estudantes e professores. NT

[7] Hipérbole: Figura de linguagem que engrandece ou diminui exageradamente a verdade das coisas, exageração. NT

[8] Referência talmúdica. NT

[9] NT

[10] NT

[11] Aliá: imigrar a Israel. NT