O presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Claudio Lottenberg, realizou uma série de encontros nos últimos dias, em Brasília e em São Paulo, a fim de levar a lideranças políticas brasileiras uma visão sobre a atual conjuntura internacional. Em um cenário marcado por crises como as ambiçõesnucleares do Irã e a violência na Síria, Claudio Lottenberg intensificou diálogos, já mantidos de forma permanente, com personalidades que ajudam a modelar o debate sobre ações externas de nosso país.

Em Brasília, a agenda incluiu extensa conversa com o senador Fernando Collor, presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. “Collor mostrou-se muito bem informado sobre a situação no Oriente Médio”, relatou Lottenberg. “Enfatizei a importância de se garantir, em meio a essas turbulências, a segurança de Israel, terra de nossos ancestrais e nossa referência histórica e religiosa”.

O presidente da Conib também se reuniu com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Na pauta, possibilidades de cooperação entre a comunidade judaica e o governo federal, como a ação realizada por profissionais do Hospital Israelita Albert Einstein no Haiti, após o terremoto que devastou a ilha. “O ministro elogiou muito essa iniciativa e falamos sobre planos de ampliar a cooperação, buscando levá-la, por exemplo, a nações africanas”, disse Claudio Lottenberg.

Em São Paulo, o presidente da Conib teve encontro com Paulo Delgado, que foi deputado federal por seis mandatos. Petista mineiro, Delgado é um dos integrantes do partido mais envolvido em debate sobre política externa. Ocupou, por exemplo, a vice-presidência da Comissão de Relações Exteriores e DefesaNacional da Câmara dos Deputados.

No jantar em que conversou com Delgado, estiveram presentes diversas lideranças políticas nacionais, como o governador Eduardo Campos (PSB-PE), o prefeito Gilberto Kassab (PSD) e Pimenta da Veiga, ministro das Comunicações no governo FHC.

“É imperativo que a Conib, num momento de tantas incertezas no cenário global, acelere seus contatos com lideranças políticas brasileiras”, avaliou Lottenberg. “Temos a oportunidade de disseminar nossa visão sobre temas como as ambições nucleares do Irã e a instabilidade no Oriente Médio, seus reflexos no cenário global e no Brasil, temas que nos preocupam bastante”.