Ricardo Berkiensztat, Clara Ant, Antônio Patriota e Alfredo Sirkis (PV-RJ)

O vice-presidente executivo da Federação, Ricardo Berkiensztat, foi convidado, nesta terça-feira (10), pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, para participar do Seminário “Lado a lado – A Construção da Paz no Oriente Médio: Um Papel para as Diásporas”, no Itamaraty, em Brasília.

O encontro que reuniu cerca de 50 líderes das comunidades árabe e judaica e para Patriota, a iniciativa surgiu, pois a convivência harmoniosa entre as duas comunidades na diáspora pode lançar luz sobre maneiras de construir a paz no Oriente Médio. Essa ideia está presente no livro “O mundo em desajuste”, do escritor franco-libanês Amin Maalouf, que participou do encontro. Maalouf afirmou que é possível criar relações profícuas longe do conflito.

Representando a comunidade judaica também participaram do encontro o presidente do Congresso Judaico Latino-Americano (CJL) Jack Terpins e o seu diretor executivo Claudio Epelman, além de Henry Chmelnitsky-vice-presidente da Conib.

Ricardo Berkiensztat, ressaltou que o conflito no Oriente Médio não pode mais continuar pois ambos os lados já sofreram demais com as guerras. “Temos pressa em ver a região pacificada e com todos seus povos vivendo em harmonia”, afirmou Berkiensztat.

Henry Chmelnitsky, vice-presidente da Conib, propôs ações. Entre elas, criar grupos de trabalho de jovens e levá-los para intercâmbio com israelenses e palestinos; cuidar para que a violência do conflito não perturbe as relações na diáspora. “São pequenas ações, que podem ajudar a saúde das relações entre palestinos e israelenses”, disse Chmelnitsky.

“Estamos convencidos que, desde a América Latina, onde historicamente judeus e árabes convivem uns ao lado dos outros, podemos oferecer nossa ajuda para chegar ao caminho da paz do respeito e que isso seja duradouro”, afirmou o presidente do Congresso Judaico Latino-Americano (CJL), Jack Terpins, ao término do encontro.

“No lugar de importar o conflito do Oriente Médio para a América Latina, árabes e judeus devem ser inteligentes para poder exportar a ideia de que a convivência entre ambas comunidades é possível, e Brasil e Argentina são prova disso”, disse Claudio Epelman, diretor executivo do CJL.

Patriota pretende dar continuidade ao encontro, do qual também participaram jornalistas do Oriente Médio, diplomatas e líderes comunitários de origem árabe e judaica de países do Mercosul.