Ehud Olmert com a delegação brasileira

Com a presença de alguns dos mais importantes líderes da comunidade judaica, a Federação Israelita do Estado de São Paulo, com apoio do Keren Hayesod, promoveu de 15 a 24 de outubro, a quarta edição do programa “Hassefá Ba´Aretz” (Reunião em Israel), que levou seus participantes a Itália e Israel.

Hassefá Ba’Aretz foi criado pela Federação Israelita para reforçar a ligação entre os líderes voluntários e profissionais da comunidade judaica de São Paulo e o Estado de Israel. Este objetivo é conseguido através de uma missão na qual a liderança cobre os temas mais críticos na agenda do povo judeu e de Israel hoje, e inclui a visita previa a nações nas quais os judeus têm tido ou têm uma presença significativa.

A primeira etapa da missão foi a viagem à Itália, onde a delegação conheceu a Comunità Ebraica di Roma, considerada a comunidade judaica mais antiga do mundo, participou de um tour guiado pelo Gueto Judaico de Roma e visitou as Catacumbas Hebraicas de Villa Randanini, além das principais praças e monumentos históricos de Roma.

Para discutir as relações entre Brasil e Itália, Israel e Europa e a política internacional, o grupo foi recebido na Embaixada do Brasil na Piazza Navona e também participou de um encontro na residência do Embaixador de Israel na Itália, Naor Gilon. As relações católico- judaicas na visão da igreja também fizeram parte da pauta, e foram abordadas durante um encontro no Vaticano com o Padre Norbert Hofmann, chefe da comissão para relações religiosas com o judaísmo.

Em Israel, o grupo reuniu-se com importantes personalidades das áreas política, econômica, religiosa, científica, militar, acadêmica e também com renomados jornalistas, como Henrique Cymerman, Boaz Bismuth e Udi Segal. Um dos pontos altos foi o encontro com o ex-primeiro ministro Ehud Olmert, que argumentou sobre a possibilidade da solução de dois Estados. Este mesmo tema também foi discutido durante a visita a Hebron, porém tendo como enfoque a visão dos colonos. A ameaça à segurança de Israel representada pelo Irã, também foi colocada em questão durante a visita ao Jewish People Policy Institute (JPPI).

Encontros com Mustapha Barghouthi, secretário geral da Palestine National Initiative, e com diplomatas brasileiros na Embaixada do Brasil em Tel Aviv e Ramallah, também fizeram parte da programação, para que os líderes da comunidade judaica pudessem escutar o outro lado do conflito.

Os participantes da Hassefá também puderam conhecer os avanços tecnológicos de Israel, ao visitarem o projeto espacial Yahud Space Il Project e compartilharam momentos de emoção como durante o Kabalat Shabat no Kotel, que foi seguido de jantar com o Rabino Sholom Duchman.

Para o presidente da Fisesp, Mario Fleck, o programa é vital para as lideranças comunitárias: “esta viagem na verdade é uma imersão de estudos, focada no contato com personagens, e locais determinantes da realidade atual do Judaísmo e do Sionismo. A experiência de quatro anos já confirmou que a realização deste programa contribui largamente para que lideranças comunitárias estejam atualizadas sobre assuntos correntes que são complexos, tem raízes históricas longas e que demandam posicionamento pessoal e institucional. Por isso, o grupo tem retornado com este objetivo plenamente alcançado, a partir de conversas com escritores, cientistas políticos e econômicos, jornalistas, autoridades diplomáticas, governamentais e militares de Israel, que na verdade são hoje mais do que nunca o centro do mundo judaico, tanto para nós como para aqueles que nos odeiam ou criticam, sem distinção entre o Estado de Israel e o Povo Judeu”.

“A concepção deste projeto cobriu cada um dos aspectos mais relevantes de Israel: educação, segurança nacional, temas sociais e religiosos, políticos, econômicos e até filosóficos. A diretoria voluntária da Fisesp e seus profissionais, colocam-se como pivôs e parceiros importantes em prol das causas de Israel e judaicas e provam que há uma consistente estratégia por trás da instituição”, ressaltou a presidente da Unibes, Célia Kochen Parnes.

Para a diretora da Fundação Arymax, Ruth Goldberg, “Uma viagem como a Hassefá Baaretz é fundamental para a formação de qualquer líder comunitário, qualquer pessoa que atue, profissional ou voluntariamente em organizações judaicas. Isto porque reforça os laços e compromissos com o judaísmo (em suas variadas manifestações), com o Estado de Israel e a com vida contemporânea da diáspora. A viagem é imperdível! Valoriza o ser brasileiro e o ser judeu. Recomendo a todos que abram as suas agendas e já se programem para a próxima!”