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A Feira da Comunidade chega à sua 30ª edição, marcando 15 anos de um trabalho da Na’amat Pioneiras São Paulo, cujo objetivo é estimular o empreendedorismo. Organizada duas vezes por ano, é uma realização do Departamento de Geração de Renda da instituição e conta com a parceria da A Hebraica e apoio da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp). Participaram do evento em novembro de 2013, no Salão Marc Chagal do clube, expositores dos mais diversos segmentos. A Praça de Alimentação, como já é tradição, foi um dos pontos altos da mostra, oferecendo aos visitantes quitutes e lanches da culinária judaica e israelense, como o falafel e as burekas, ao lado de novidades como brigadeiros sofisticados e cupcakes. Nem o dia chuvoso conseguiu atrapalhar o sucesso da feira, que já se consagrou como a vitrine dos empreendedores, negócios e serviços desenvolvidos pelos profissionais da comunidade.

Segundo Clarice S. Jozsef, presidente da Na’amat Pioneiras São Paulo, a instituição sente orgulho em organizar um evento que tem como objetivo auxiliar micro e pequenos empresários a alavancarem negócios e se consolidarem no mercado. Ressalta, ainda, que a Feira da Comunidade é parte do trabalho realizado pelo Departamento de Geração de Renda da entidade que inclui, além da Feira, mais dois projetos: o Guia Produtos e Serviços da Comunidade, e os cursos e oficinas de capacitação realizados em parceria com o Senac. São quatro cursos gratuitos por ano em diversos segmentos. A parceria com o Senac inclui, ainda, descontos de até 20% para as inscrições feitas através da Na’amat nos demais cursos oferecidos pela instituição. em qualquer uma de suas unidades, além do pagamento parcelado. “Com essas iniciativas, a Na’amat está cumprindo o seu papel de contribuir para o desenvolvimento e a valorização do indivíduo. Gostaria, também, de ressaltar e agradecer o empenho e a dedicação das voluntárias envolvidas na realização da Feira, além do apoio da Federação Israelita do Estado de São Paulo e de A Hebraica.”

Falando em nome da Fisesp, seu diretor, Alberto Milkewitz, ressaltou o apoio ao trabalho que vem sendo realizado pela Na’amat na área de desenvolvimento social da comunidade dada a importância que esta Feira tem em termos sociais. Anita Nissenbaum, diretora Social da Hebraica, destacou a satisfação do clube por ser parceiro nesta iniciativa cujo impacto se traduz no dia a dia dos participantes e nas perspectivas que sãoabertas em termos de auto-sustentabilidade. “A Hebraica não poderia estar ausente.”

Além das diversas opções de produtos como roupas, acessórios, artesanato, bijuteria e artigos judaicos, a edição de 2013 da Feira da Comunidade contou com duas novidades: o espaço Bem-Estar e a participação de microempresas com até dois anos de funcionamento. A primeira é resultado de uma parceria entre a Na’amat, a Parnassot, uma organização sem fins lucrativos focada na inserção e recolocação de pessoas no mercado de trabalho, e a empresa Woow, especializada na venda de produtos para a área de bem-estar. A segunda inovação dá oportunidade a novas empresas de exporem seus produtos a um público amplo e diversificado sem grandes custos, possibilitando o crescimento dos participantes nos segmentos nos quais atuam. Para estar presentes, as microempresas passam por um processo de seleção e devem atender a alguns pré-requisitos.

“As duas inovações vêm ao encontro do objetivo do Departamento de Geração de Renda, que é dar as condições para que as pessoas possam transformar sua realidade sócio-econômica, contribuindo com a renda familiar e caminhando cada vez mais rumo à auto-sustentabilidade. Dentro desta perspectiva, o papel da Na’amat, como instituição, é justamente criar condições para que os indivíduos encontrem sua realização”, explica Miriam Doris Lilienfeld, coordenadora do Departamento, que conta com uma equipe devoluntárias responsável pela organização da Feira da Comunidade em todas asetapas – da inscrição à montagem do evento, passando pela recepção e auxílio aos expositores.

O número de expositores varia entre 80 a 100, com um aumento médio de 15% a cada edição. O fato de em alguns anos haver diminuição de participantes não é considerado um aspecto negativo por Doris. Para ela, a ausência pode ser um sinal de mais um passo do empreendedor rumo à auto-sustentabilidade. “A Feira foi criada para ser um espaço no qual as pessoas da comunidade mostrem o seu trabalho. Se algumas estão deixando de participar é por que, talvez, já tenham conquistado o seu lugar em outras esferas e já não precisam mais desta alternativa. Outras, ainda que já inseridas no mercado, optam por permanecer por considerarem a Feira sempre uma oportunidade de fazer bons negócios.”, ressalta Dóris.

Ao completar 15 anos e 30 edições, a Feira da Comunidade conta com alguns participantes fiéis, que já a colocaram em sua agenda anual. Sarah Mizrahi, mais conhecida como Bache, é uma expositora presente desde a primeira mostra – duas vezes por ano – que diz jamais faltar, pois perderia a oportunidade de fazer ótimas vendas. “Eu não posso me queixar, os resultados são sempre positivos. Estar presente é uma excelente propaganda do meu trabalho, cuja relação custo-benefício é muito compensadora. Trabalho com feiras o ano todo, em vários lugares, e o resultado é sempre uma incógnita, mas na Feira da Comunidade é possível saber o que esperar e, na maioria das vezes, é sempre satisfatório”.

Sharon Frances, designer de joias em prata, participa da Feira da Comunidade desde 2002. Inicialmente expunha bijuterias de outros profissionais, mas nos últimos anos passou a apresentar suas próprias criações, conquistando um público fiel que, duas vezes por ano, visita a mostra para conhecer e adquirir suas peças. Os carros-chefes de sua produção são os escapularios e as peças personalizadas. “A Feira é uma vitrine para o nosso trabalho e uma das poucas que nos dá um retorno imediato e contínuo. A exposição nos dois eventos anuais permite contatos que se mantém ao longo do tempo. Acredito que o fato de oferecer um produto personalizado é um dos diferenciais que tem ajudado na minha consolidação profissional. Pretendo continuar a participar nos próximos anos”, explica Sharon.

A arquiteta e fotógrafa Fabiana Koren é também uma presença constante na Feira desde 2010. Inspirada pela ideia de eternizar os momentos felizes, situações inesquecíveis e recordações maravilhosas da vida dentro dos lares, desenvolve, sob a marca Almofafá, produtos alegres e exclusivos, capazes de tornar qualquer ambiente mais alegre e gostoso. Almofadas, sachês, nécessaires, kit Pelúcia me Abraça, toalhinhas de lavabo, flores com sachês, dentre outros, são alguns dos itens que ela expõe na mostra.

“A ideia central do meu trabalho é procurar atender quem me procura, de acordo com o seu orçamento e com a ocasião. Ao longo do meu trabalho percebi que é sempre possível oferecer uma opção que esteja de acordo com o gosto e com a verba do cliente, com o mesmo padrão de qualidade. Não deixar de atender ninguém é o meu lema e tem dado certo”. Tão certo que hoje seus produtos são vendidos em várias cidades brasileiras e, também, no exterior. Sobre sua participação no evento, afirma: “Estar presente me abriu muitas portas, pois pude sair do círculo de pessoas amigas que conheciam meu trabalho, conquistando novos espaços. Estafeira é uma das poucas que dá um retorno rápido e constante”.