Os estudantes deram detalhes sobre os projetos executados e enfatizaram a convivência

No dia 19 de agosto, Bárbara Carolina Federhen (Técnico em Química – Fundação Liberato), Nayara Martins Orsi (Oceanografia – UFSC), Tiago Lubiana Alves (Ciências Biomédicas – Universidade de São Paulo), Matheus Mansour El Batti (Engenharia Mecatrônica- Escola Politécnica da USP) e Geórgia Schiller Barcellos (Química – UFRGS) participaram de um encontro na A Hebraica, onde relataram suas experiências no instituto israelense e dividiram suas impressões sobre o Estado de Israel, e de como foi estar no país durante os conflitos com o Hamas.

Os estudantes deram detalhes sobre os projetos executados e enfatizaram a convivência com mais de 70 alunos provenientes de 15 países, o acesso aos mais modernos laboratórios, o projeto desenvolvido por cada um, além de todos os passeios que fizeram de Norte a Sul de Israel.

“Todos os anos durante o mês de julho o Weizmann abre suas portas de forma extremamente organizada para que os alunos possam trabalhar como cientistas. Quero agradecer a todos os doadores e aos professores universitários que dedicaram seu tempo para fazer os exames e as entrevistas com os candidatos. Esta é a melhor forma de termos novos “Embaixadores” do Weizmann e do Estado de Israel”, frisou a vice-presidente dos Amigos do Weizmann, Regina P. Markus.

Mario_Fleck,_presidente_do_Grupo_de_Amigos_do_Weizmann_fala_sobre_a_importância_do_Projeto[1]“Israel tem o magnetismo de transformar vidas. Nenhum ano é igual ao anterior, e nesta edição os participantes tiveram a rotina alterada por conta dos conflitos. Saio daqui gratificado após o testemunho das experiências e as transformações ocorridas após a permanência no Instituto. Isso é o que nos motiva como doadores do Projeto, reforçou o presidente do grupo de amigos, Mario Fleck.

Confira os depoimentos dos alunos bolsistas:

Minha pesquisa foi na área da física de partículas. No Weizmann tudo é muito concentrado, e o que mais me chamou a atenção foi o fato de estarem focados apenas na pesquisa de base. Tive todo o apoio e sinto que também pude contribuir de alguma maneira. Fizemos muitas viagens, de Norte a Sul de Israel, e a experiência que tivemos no deserto também foi incrível. – Matheus Mansour El Batti.

Meu projeto que envolvia o estudo da função de uma proteína em células tronco embrionárias. A experiência foi incrível, tanto na questão acadêmica, quanto por ter a oportunidade de conhecer alunos de diversos países. Mesmo em um período de guerra, a segurança era muito forte e fomos muito bem instruídos. Apesar de tudo, não me senti ameaçada. – Geórgia Schiller Barcellos.

Trabalhei com uma americana e um canadense onde estudamos a produção e a purificação de duas proteínas encontradas nas células. Não sei se terei outra oportunidade de estar com tantas pessoas de culturas diferentes ao mesmo tempo e em um lugar tão tecnológico como o Weizmann. A experiência foi maravilhosa e espero poder voltar para Israel. – Bárbara Carolina Federhen.

Trabalhei na área de neurobiologia e pude fazer pesquisa básica sobre como o sistema imune afeta o cérebro. O Weizmann é sensacional, com altíssima tecnologia. Foi uma experiência incrível do ponto de vista acadêmico. Descobri que Israel é um mundo de cultura, um país incrível, onde apesar de todos os acontecimentos, as pessoas levam a vida de maneira normal. – Tiago Lubiana Alves

Fiz um projeto com microalgas de pude aprofundar meus estudos acadêmicos dentro de uma área que gosto bastante, que é a oceanografia. Tive um crescimento pessoal muito grande depois deste mês no Weizmann, onde senti na pele como é o dia a dia de um cientista e pude conhecer Israel com outros olhos, um país totalmente diferente do que eu imaginava. – Nayara Martins Orsi

Localizado em Rehovot, Israel, o Instituto Weizmann de Ciências é uma das mais respeitadas instituições de pesquisa multidisciplinar no mundo. Notável por sua ampla gama de exploração das ciências naturais e exatas, o Instituto abriga cerca de três mil cientistas, estudantes, técnicos e equipe de apoio.

O Weizmann concentra seus esforços na busca de novos caminhos para combater doenças e a fome, além de explorar a matemática, as ciências da computação, a física e as questões do universo, criando novos materiais e desenvolvendo estratégias para proteger o meio ambiente.