Campanha Charidy Fundo de Bolsas supera meta em 286% e arrecada mais de R$ 11 milhões em 24 horas

381

 

A campanha “Charidy Fundo de Bolsas”, que contou com o apoio da Federação Israelita do Estado de São Paulo, superou todas as expectativas, batendo a meta em 286% com arrecadação de mais de R$ 11 milhões em 24 horas.

©Fláviomellosp

A inovadora Campanha foi lançada no dia 25 de outubro, com a proposta de atender ao maior número de alunos para que ninguém ficasse de fora das escolas judaicas em 2018, além de potencializar recursos para oferecer uma educação de qualidade.  Porém, neste curto período de tempo, a meta foi superada em 286% com a arrecadação de R$ 11.727.694,00.

Graças a generosos benfeitores, cada real doado teve seu valor multiplicado por quatro.   A iniciativa contou com a participação de um grande grupo de pessoas: foram 3.058 doadores, 3.893 ligações realizadas e 868 ligações recebidas,  além de 325 participantes entre voluntários, influenciadores, escolas, equipe gestora, fornecedores e empresas parceiras, além da midia judaica.

“Alguns dados ainda estão sendo inseridos no sistema e os números finais ainda sofrerão alguns ajustes”, destacou André Wajsman, representante da plataforma Charidy no Brasil.

 

“Agradecemos o grande apoio e envolvimento que recebemos de toda a comunidade. A Campanha foi um grande sucesso e atingiu seu objetivo, que era o de mobilizar a comunidade para conseguirmos atender a mais pedidos de bolsas”, comemorou o gestor do Fundo de Bolsas, Gabriel Zitune. “O Fundo de Bolsas cobre apenas uma parte dos mais de 1.500 bolsistas e descontistas. Nosso desafio é poder ajudar a todos eles no futuro próximo”, complementou Roberto Zac, membro da equipe gestora.

 

©FláviomellospO que é o Fundo de Bolsas

A concessão de bolsas de estudos para famílias em dificuldades financeiras tem sido um tema recorrente quando se fala em educação judaica. A Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) estima que ao menos metade dos jovens em idade escolar da comunidade judaica de São Paulo está fora das escolas judaicas. Dos 4,5 mil alunos matriculados nessas escolas, cerca de 2 mil (44%) são bolsistas ou possuem algum tipo de desconto, e a necessidade continua crescente.

Partindo do principio de que essa questão não é apenas das escolas, mas que afeta toda a comunidade, em 2016 foi criado o Fundo de Bolsas, para gerir essas bolsas com profissionalismo e dentro dos critérios de governança e transparência.

O programa é liderado por quatro famílias doadoras (Horn, Safra, Nigri e Klein), que já apoiavam programas anteriores de bolsas de estudo e tem como proposta manter em escolas judaicas o maior número de crianças e jovens da comunidade em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

A concessão das bolsas é feita dentro dos critérios de governança e transparência e a partir de criteriosa análise socioeconômica das famílias. Juntamente com as escolas, é feito o acompanhamento do desempenho de frequência, e é dado apoio aos pais e responsáveis com programas de qualificação profissional e aproximação do judaísmo. O anonimato da criança e de sua família é sempre preservado.

Um levantamento do Fundo de Bolsas mostra que o peso das bolsas no orçamento das escolas chega a ser de 30% em renúncia da receita. Em 2002, 13 alunos de três escolas judaicas contavam com o apoio de três escolas e um doador. Esses números foram evoluindo ano a ano, até 2015, quando 22 doadores, auxiliaram 232 alunos de 10 escolas judaicas.  Em 2016,  após a criação do Fundo de Bolsas, foram atendidos (para o ano letivo de 2017),  393 alunos, de 15 escolas, com o apoio de 40 doadores. Em 2018, o Fundo de Bolsas pretende atender pelo menos os 622 pedidos recebidos no ano anterior.

Apesar da Campanha ter a duração de apenas 24 horas, é possível doar para o Fundo de Bolsas a qualquer momento. Saiba mais em www.fundodebolsas.com.br.

 

Fotos: Flavio Mello – A Hebraica