Torres do Congresso Nacional ganham projeção no Yom Hashoá

239
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

 “O Congresso Nacional foi iluminado por uma bela mensagem. O Brasil é uma pátria acolhedora onde os judeus vivem em liberdade e sem os temores de antissemitismo que infelizmente ressurgem em vários países do mundo. Temos excelente relação com todos os principais partidos políticos brasileiros e essa homenagem mostra isso mais uma vez”. A declaração foi feita por Fernando Lottenberg, presidente da Conib, após os eventos de ontem em Brasília em memória das vítimas e mártires do Holocausto durante o Yom Hashoá (Dia da Catástrofe). A data, observada hoje em Israel e com eventos em vários países, lembra os seis milhões de judeus – entre muitas outras vítimas – que foram exterminados pelos nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial, no episódio mais sombrio da história contemporânea.

 Em 1933, a população judaica europeia era composta por mais de nove milhões de pessoas. Em 1945, nove anos após, os alemães e seus colaboradores haviam assassinado aproximadamente dois entre cada três judeus europeus. Em tempos de crescimento do antissemitismo no mundo, o Yom Hashoá ganha significado ainda mais especial.

 No Brasil, a data foi lembrada na quarta (11) com atos em diversos estados. Em Brasília, das 19h às 23h, as torres do Congresso Nacional ganharam projeção com a frase “Holocausto Nunca Mais”. O ato é uma ação do Museu do Holocausto de Curitiba e conta com o apoio do Senado, da Confederação Israelita do Brasil (Conib) e do senador Davi Alcolumbre.

 O Yom Hashoá foi lembrado também em um ato na Câmara dos Deputados, uma iniciativa do deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), que contou com a presença de parlamentares e outras autoridades. Entre os presentes estavam, além de Cavalcante, os senadores Ana Amélia Lemos (PP-RS) e  João Capiberibe (PSB-AP); o deputados federais Sergio Zveiter (DEM-RJ); Keiko Ota (PSB-SP); Onyx Lorenzoni (DEM-RS)e Floriano Pesaro (PSDB-SP) ; o embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley; o presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, juiz Guilherme Feliciano e Carlos Reiss, coordenador geral do Museu do Holocausto de Curitiba, entre outros. O diretor geral da Conib, Sergio Napchan, foi quem abriu o ato, que marcou o fim da exposição “Shoá – Holocausto: como foi humanamente possível?”, que ocupou com sucesso, desde 26 de março, a Câmara dos Deputados.

 A mostra, produzida pelo museu israelense Yad Vashem e adaptada pelo Museu do Holocausto de Curitiba, foi exibida pela primeira vez em 2015, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

 O Yom Hashoá é celebrado em 27 de Nissan, data oficializada pelo então primeiro-ministro israelense, David Ben Gurion, em 1959, para manter viva a memória das vítimas do nazismo, e fazer o Holocausto chegar ao conhecimento de todos. Ao mantermos viva a memória do Holocausto, contribuímos para que o futuro não repita o passado.