A mesma placa que indica a direção da maternidade não deveria mostrar o caminho para o velório, reclamou um paciente do Hospital Israelita Albert Einstein em uma reunião de um dos comitês estratégicos da diretoria.

Neste ano, o Einstein começou a convidar seu público para participar das comissões que antes eram formadas só por profissionais. “A excelência em saúde não é explicada apenas pela infraestrutura, mas principalmente pelo tratamento humanizado”, observa Sidney Klajner, presidente do grupo.

Pela quinta vez consecutiva, o hospital foi avaliado como o melhor de São Paulo, com 26% de menções —o índice é o mais alto da série histórica, no ano passado ele tinha 20%. Entre os moradores da zona oeste da cidade, o número chega a 36%.

egundo Sidney, uma das missões da organização é a geração de conhecimento, que se desdobra na vertente de pesquisa e inovação e na de ensino. “Hoje, a nossa base educacional atinge mais de 25 mil pessoas”, revela. Os cursos vão desde técnicos a mestrado em enfermagem —a graduação nessa carreira completa 30 anos.

Inaugurada em 2016, a faculdade de medicina ainda não formou a primeira turma. O modelo pedagógico é baseado no aprendizado em grupo, sem aulas expositivas, e tem como objetivo gerar profissionais adeptos do trabalho multidisciplinar em equipe. “Nosso sonho é que o futuro médico continue aqui ou possa levar um gota de Einstein para outro canto do país”, conta com orgulho Sidney.

HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN EM NÚMEROS

1955 Fundação
1971 Inauguração
8 Unidades próprias
8 Unidades de ensino
Gestão e operação de 23 unidades do Sistema Único de Saúde (SUS)
32.433 Pacientes cirúrgicos
4.501 Partos
5.356.720 Exames laboratoriais e de imagem

Fonte: Folha de S. Paulo / Sílvia Haidar / O melhor de São Paulo