Dana Bash fala sobre judaísmo, direitos humanos e igualdade de gênero

42
Dana Bash, Didi Wagner, Mona Dorf e a intérprete de libras, Heldea Braga

Em evento online realizado nesta quinta-feira (2) pelo Grupo de Empoderamento e Liderança Feminina da Federação Israelita SP (ELF- Fisesp) em parceria com a Confederação Israelita do Brasil (CONIB), Dana Bash, âncora da Rede CNN e considerada uma das principais correspondentes políticas dos Estados Unidos, falou sobre o seu trabalho como jornalista, a influência do judaísmo em sua carreira, direitos humanos e a luta por igualdade de gênero no mercado de trabalho. A entrevista foi conduzida pela apresentadora Didi Wagner e pela jornalista Mona Dorf  sob o tema “O Papel da Mulher no Contexto Mundial” e foi transmitida via Zoom, com tradução simultânea e em libras.

Os presidentes da CONIB e da Fisesp, Claudio Lottenberg e Marcos Knobel, respectivamente, abriram o evento, destacando a importância do olhar feminino na forma de lidar com a notícia.

Dana deu detalhes de sua bem sucedida carreira como jornalista e sobre os diversos papéis que consegue desempenhar simultaneamente “O que mais me chama atenção quando saio do estúdio e vou a campo é poder ouvir histórias de pessoas e contá-las. Tento criar uma espécie de escudo para deixar a emoção a meu serviço e fazer o trabalho que tem que ser feito,  mas sem perder a capacidade de enxergar o outro”, destacou.

Dana destacou a influência do judaísmo em sua profissão: “Acredito que os princípios e valores que recebi de meus pais, principalmente de minha mãe, que é uma educadora judia, me ajudam no dia a dia da minha profissão, que requer um olhar mais humano e objetivo no que fazemos”. “Ser judia faz parte de nossa identidade. Minha mãe sempre foi apaixonada pelo judaísmo, ela escreveu livros e lecionou e sua experiência nesse meio nos influenciou. Meu filho estuda em escola judaica e frequenta uma colônia de férias judaica. E temos o hábito de nos reunir com nossos pais no jantar de shabat. Tudo isso, é claro, exerce uma influência na nossa forma de ser e de agir”.

Conhecida por seu ativismo e por defender publicamente as mulheres em diversas ocasiões, Dana também falou sobre temas sensíveis como o aborto e  a campanha Me Too e disse não ter sentido muitas dificuldades na carreira por ser mulher. “As mulheres da geração anterior pagaram esse preço. Aqui na CNN, apesar de haver uma competição entre as mulheres existe também uma irmandade fantástica. Ao mesmo tempo que somos competitivas, apoiamos umas às outras”, destacou.

“A partir do meu trabalho observei que a mulher, mesmo que tenha pontos de vista diferentes, consegue chegar numa rodada de conversas e fazer um compromisso, com mais facilidade do que os homens e isso acontece por vários motivos, um deles é o nosso foco e sensibilidade. Enxergamos e escutamos melhor do que os homens sobre vários temas e temos tantas tarefas que não podemos desperdiçar nosso tempo com questões secundárias. É  o que chamo de “Girl Power”, completou.

Ao final da inspiradora conversa, Dana Bash agradeceu à sua cunhada Sabrina Sciama por ter feito a ponte com o Grupo ELF e brincou com suas integrantes. “ Parabenizo o ELF pelo excelente trabalho. Vocês são o que chamo de “Badass Women”. Dá próxima vez espero nos encontrarmos pessoalmente”, concluiu.

Além de apresentar o  State of the Union  programa de notícias que vai ao ar nas manhãs de domingo, no qual divide a bancada  com Jake Tapper, Dana Bash, cobre  regularmente as campanhas políticas e os acontecimentos do Congresso, inclusive  moderou o último debate presidencial democrata realizado em Washington.