A Federação Israelita do Estado de São Paulo, A Hebraica e o Conselho Juvenil Sionista, promoveram neste domingo, 12 de abril, no Teatro Arthur Rubinstein de A Hebraica, o “Ato de Yom Hashoá” que este ano teve como tema “ 70 anos do fim da Guerra. O que o mundo aprendeu?”.

Aberto à toda comunidade, o Ato, que foi organizado pela Juventude Judaica, contou com a presença de sobreviventes do Holocausto e jovens dos movimentos juvenis e, além dos seis milhões de judeus assassinados durante o Holocausto, lembrou também as vítimas dos atentados terroristas na Argentina, na Maratona de Boston, no Charlie Hebdo e no Mercado Kasher de Paris, além dos mortos no Genocídio Armênio, em Darfur e Ruanda.

Com a presença marcante da juventude, o evento teve o acendimento de seis velas por sobreviventes do Holocausto, autoridades e lideranças judaicas e contou com performance do Grupo Carmel, além de orações conduzidas pelos rabinos Yonathan Szewkis e Daniel Segal, que entoaram o Kadish e o El Male Rahamim.

A noite foi marcada pelos discursos de Avi Gelberg e Mario Fleck, presidentes de A Hebraica e da Federação Israelita do Estado de São Paulo, do sobrevivente Thomas Venetianer e da jovem Anita Efraim, do Conselho Juvenil Sionista.

Todos questionaram sobre o que o mundo aprendeu nestes 70 anos, e a dificuldade em compreender o que levou a humanidade a chegar neste ponto em que tantas atrocidades ainda são cometidas. Todos chamaram atenção para a importância do papel da juventude, que deve estar unida e atenta em relação a assimilação, pensar na coletividade e não apenas no indivíduo e manter acesa a chama do judaísmo em nome dos seis milhões que pereceram no Holocausto.

“Temos que adotar uma atitude pró ativa, valorizar nossa identidade judaica, agir politicamente dentro da sociedade, manter a comunidade forte, alerta e consciente e sobretudo fortalecer o Estado de Israel, que é nosso trunfo e a grande diferença entre os dias de hoje e há 70 anos atrás”, destacou Mario Fleck.

O sobrevivente Thomas Venetianer foi efusivamente aplaudido e emocionou a todos ao fazer o seu apelo: “ Tive a benção de sair vivo de dois Campos de Concentração juntamente com meus pais. Aqueles que sobrevivem tem a missão de fazer com que o “Nunca Mais” se torne uma realidade. As gerações passadas e as futuras devem fazer de tudo para assegurar que os horrores da Shoá nunca mais voltem a se repetir”, frisou.

Juntamente com o evento aconteceu a Exposição “Tempo. O que você nos ensinou” idealizada pelos jovens dos movimentos juvenis, e que reuniu fotos e textos.

Yom Hashoá – é o dia do Holocausto e o Heroísmo, quando se honra a memória dos seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas durante a Segunda Guerra. Neste dia, em Israel, as sirenes de alarme soam e guardam-se dois minutos de silêncio, sob o lema de “lembrar e recordar – jamais esquecer”

Dança Anita

 

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