O Programa de Novas Gerações do Congresso Judaico Latino–Americano (CJL) organizou mais um debate entre os jovens brasileiros e Flávio Rassekh.

Rassekh é um dos maiores especialistas no tema do Irã, seguidor da fé Baha’i, destacado ativista na área dos Direitos Humanos, e um jovem cineasta. Paulista, filho de iranianos, que imigraram na década de 60 para o País, sendo seu pai um judeu que optou por seguir a fé Baha’i ainda no Irã, e sua mãe, uma muçulmana, Flavio pôde “experimentar”, conhecer e optar as diversas fés e seus principais nortes, optando por ser Baha’i.

O encontro, que foi bem prolongado, serviu para os presentes, primeiro, compreenderem o que é a fé Baha’i e em quais princípios está alicerçada, pois Rassekh traçou desde sua criação, quando muitos seguiram para Israel, onde hoje vivem, entre Haifa e Akko, aos dias de hoje, passando pelo Irã, onde são perseguidos desde 1979 por não seguirem o islamismo.

Rassekh expôs que a fé Baha’i está alicerçada em três princípios a saber: a unicidade de D’us, a unidade fundamental das religiões, ou seja, eles acreditam que todas as fés vem de um mesmo Deus e elas fazem parte de um processo complementar da educação espiritualizados homens e mulheres, e da humanidade. Também, mencionou muito dos costumes, e contou acerca de sua própria vivência, quando pôde freqüentar a comunidade, indo em movimentos juvenis e clubes, e finalmente, seguir o que acredita.

Extremamente pacífica, os seguidores da fé trazida para o Brasil em 1921, contabilizam cerca de 60 mil seguidores aqui; em Israel são 800 que vivem entre Haifa e Akko, e estima-se que vivam 350 mil no Irã, segundo a cifra mencionada em 1979.

Para os jovens, foi uma oportunidade única e de conhecerem através de outro jovem, uma fé distinta da sua, e saberem como está a situação no Irã nos dias de hoje.