Adolf Hitler em 1933 ao poder central da Alemanha, passando pela perseguição dos judeus, criação dos guetos e envio aos campos de concentração, somando mais de 6 milhões judeus assassinatos, numa guerra que deixou ao total de 11 milhões de vidas perdidas.

Em seguida os alunos do Colégio Cotip, ouviram o relato do sobrevivente do Holocausto, Thomas Venetianer, que contou como conseguiu sobreviver ao que é considerado o maior genocídio da história e como foi a vida de sua família durante esse período e disse se considerar uma espécie em extinção”, pois é um dos poucos sobreviventes do Holocausto. “Dentro de no máximo 15 anos, não haverá mais nenhum sobrevivente para falar da história e dos horrores vividos nos campos de concentração”, comentou.

O palestrante contou que foi envido ao campo de concentração de Terezín, onde vivia exprimido em uma área minúscula, onde os colchões eram feitos de palha infestados de insetos, principalmente, percevejos. Ela contou que os adultos realizavam trabalhos forçados e que sua mãe trabalhava na cozinha onde eram servidas as refeições dos soldados, de 14 a 16 horas por dia.

“Minhas lembranças dessa época são de muito sofrimento, medo, frio e fome, não via minha mãe que trabalhava de 14 a 16 horas por dia. Fiquei doente três vezes e na última só sobrevivi, por que minha mãe havia conhecido uma médica que cuidava dos soldados e que arriscou sua própria vida para salvar a minha, pegando da enfermaria remédios para mim”, contou emocionado o sobrevivente do campo de Terezín.

O sobrevivente falou também que o Holocausto foi uma tragédia anunciada no livro Mein Kampf, de autoria de Adolf Hitler, no qual ele expressou suas ideias antissemitas, racialistas e nacional-socialistas então adotadas pelo partido nazista. Segundo ele no livro o Hitler fala sobre a Alemanha limpa de desinfetada de judeus.

“ Ao assumir o poder Adolf Hitler, acabou com o tratado de Tratado de Versalhes, montou o exército mais forte do planeta e passou a perseguir os judeus, raça que considerava pior do que qualquer insetos e que dizia que mereciamos viver”, contou Venetianer, que foi libertado do campo de Terezín em 08 de maio de 1945.

Fizeram uso da palavra durante o evento o diretor Executivo da Fumep/Cotip, professor Antonio Carlos Copato; Marcelo Rosenthal, representante da Comunidade Israelita de Piracicaba; Ricardo Bierkenstat, vice-presidente executivo da Federação Israelita do Estado de São Paulo e o vereador João Manoel dos Santos.

Todos lembraram de Jayme Rosenthal, que trabalhou de forma incansável na divulgação do dia da memória do Holocausto, com o objetivo de mostrar a história vivida pelos judeus e de tudo o que foram vítimas, tentando com isso tocar o coração do ser humano para a história não se repita. Eles comentaram que hoje muitos dizem que o Holocausto não existiu, que é importante se colocar contra qualquer tipo de agressão e que os estudantes estavam tendo a oportunidade de terem em mãos um material rico e repleto de informações.

Durante o evento houve o acendimento das velas em memória das vítimas do Holocausto Nazista, ocorrido durante a segunda guerra mundial. A velas foram acessas por Marcelo Rosenthal, representando a Comunidade Israelita; Felipe Bicudo, presidente Nacional da Diversidade Sexual; Joyce Helena Ferreira dos Santos, representante da Comunidade Negra; vereador João Manoel, representando os protestantes; Willian Bueno, representando a Maçonaria, vereador André Bandeira (PSDB), os deficientes físicos e o professor Copato, as demais vítimas do Holocausto.

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